007 Quantum of Solace (PS2)

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A franquia 007 tem uma história bastante curiosa nos games. Um de seus jogos – 007 Goldeneye, para Nintendo 64 – foi responsável pelo primeiro boom dos FPS em consoles. Desde então os jogos sairam das mãos da Rare, foram para Eletronic Arts – onde cairam vertiginosamente de nível – e agora chegam á gigante Activision. Produzido pela mediana Treyarch ( dos jogos de Spider-Man e Call Of Duty 3) o game sai no rastro do filme e enfrenta pesos pesados como Resistance 2 e Gears Of War 2. Mas será que vale a pena abandonar o combate aos monstrengos para entrar no smoking de Bond? Descubra aqui!


Rambo, James Rambo


Ao menos pela abordagem do novo jogo, este poderia ser o título sem sombra de dúvida. Quantum Of Solace é um FPS simples e bastante competente. A mecânica resume-se á seguir a uma área, ela infesta-se de inimigos, você a limpa e segue em frente. Há variações aqui e ali como sequências de fuga, perseguições e até um pouquinho de plataforma. Todos estes momentos são bem realizados e acabam sendo os melhores momentos do jogo, já que quebram o ritmo e se livram de um tiroteio meio burocrático e sem criatividade.

Como o título deste trecho da análise sugere, a sutileza do agente secreto foi mandada pro espaço. Sim, há momentos de furtividade, mas eles são poucos e até meio chatos já que o game não possui uma mecânica de infiltrações boa como Splinter Cell ou Metal Gear. Além disso a opção de chutar o balde e matar os inimigos está sempre lá e, acreditem, é mais rápida e divertida.

O tiroteio é eficiente e o sistema de cobertura funciona surpreendentemente bem. Ao pressionar A ( X no PS3 ) a câmera muda para terceira pessoa e Bond recosta-se na parade mais próxima. A transição é imperceptivel, fazendo com que a mecânica seja eficiente. Há também golpes de curta distância, inspirados nos “Breakdowns” de The Bourne Conspiracy. Infelizmente eles não são tão variados, nem tão bem feitos muito menbos tão necessários ou divertidos. Parece mais uma coisa feita de última hora para emular os combates de Daniel Craig na reeinvenção da franquia cinemática.

Algo que me incomodou, e me constrangeu como amante de game design, foi a opção dos produtores de posicionarem tonéis de gás e combústivel em absolutamente todo ambiente! Sério, é ridículo, na sala de luxo de um hotel há um botijão esperando para ser explodido. Não houve qualquer cuidado em criar justificativas para os benditos tonéis, que estão lá pela mecânica de jogo sem se importar um tiquinho com a coerência e imerssão da experiência. No estágio de sofisticação da indústria de games, tal descuido é absolutamente imperdoável.

Requisitos Minimos:

Playstation 2 Destravado